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Deixar de fumar engorda?

 

Uma pequena porção de fumadores é capaz de manter níveis muito baixos de consumo e deixar de fumar com facilidade.

No entanto, a grande maioria dos fumadores sente sérias dificuldades em abandonar este hábito.

Isto porque a nicotina contida no tabaco é uma droga com propriedades psicoativas, tendo a principal responsabilidade na dependência do fumador.

Quando os níveis de nicotina no organismo baixam, podem surgir diversos sintomas tais como a dificuldade de concentração, insónia, ansiedade, irritabilidade, aumento de apetite, etc. que leva posteriormente a sentir a necessidade de voltar a fumar.

No entanto, vale a pena deixar de fumar em qualquer idade, porque parar de fumar, reduz o risco de doença cardiovascular, respiratória, reprodutivas, sociais e morte prematura.

Só que quando há sucesso neste processo, cerca de 84% dos ex-fumadores aumentam de peso.

Isto porque, em média, um ano depois de se deixar de fumar existe um aumento de 4 a 5 kg e ao fim de 5 anos engorda-se entre 8 a 10 kg.

Os três primeiros meses são os piores com um aumento de aproximadamente 1 kg por mês. Contudo, recorda a Direção-Geral da Saúde (DGS), os fumadores costumam pesar menos 3 a 4 kg do que os não fumadores e, por norma, param de engordar quando alcançam o peso que teriam se nunca tivessem fumado.

 

Além do mais, os benefícios de deixar o tabaco superam esta possível contrariedade que é ganhar 4 ou 5 kg.

 

Mesmo assim porque é que deixar de fumar pode levar ao aumento de peso?

A ausência de nicotina (uma das cerca de 700 substâncias presentes nos cigarros) no organismo influencia as variações de peso de três formas:

 

1ª – Aumento do apetite

A nicotina reduz o apetite. Quando se está num processo de cessação tabágica, a vontade de comer é maior – com um desejo especial por alimentos ricos em energia (açúcares, gorduras), que libertam no cérebro as mesmas substâncias que a nicotina (serotonina, dopamina) e que são responsáveis pela sensação de prazer e de recompensa.

 

2ª – Alteração do metabolismo em repouso.

Quando se consome nicotina, as nossas necessidades energéticas aumentam entre 5 a 10%. Se esta substância está ausente do organismo, este processo diminui para valores normais. Este facto será responsável por 40% do aumento de peso durante a cessação tabágica.

 

3ª – Acumulação de mais gordura

A nicotina permite, através do seu efeito termogénico, que a gordura corporal seja mais utilizada como fornecedor de energia. Isto significa que existe um menor armazenamento de gordura. Ora, sem a nicotina, esta volta a acumular em maior quantidade, sobretudo na zona abdominal.

 

Com tudo isto, fica notório os benefícios e os ex-fumadores vivem mais tempo do que aqueles que mantêm o hábito, têm menores riscos de desenvolver doenças cardiovasculares e respiratórias e alguns tipos de cancro (como os de trato respiratório, gastrointestinal, urinário e ginecológico).

 

Mas, como podemos evitar que o abandono do tabaco não nos aumente de peso?

Deixamos 6 dicas essenciais para quem quer melhorar os seus hábitos e estilos de vida.

 

  • Cuidado com as dietas restritivas

Uma dieta demasiado restritiva quanto às calorias a ingerir, pode significar perda de peso à custa de massa muscular. E poderá levar a um regresso ao consumo de tabaco.

 

  • Faça várias pequenas refeições

Já se sabe que a ausência da nicotina aumenta o apetite. Além do mais, quando se deixa de fumar os alimentos parecem ter um melhor sabor. Para evitar comer em demasia, faça várias pequenas refeições durante o dia. Esta estratégia permitir-lhe-á ainda manter os níveis de açúcar no sangue equilibrados.

 

  • Privilegie os lanches saudáveis

Frutas e hortícolas crus (como palitos de cenoura), leite e derivados magros e cereais integrais devem entrar na sua rotina alimentar.

 

  • Consuma proteínas e fibras durante o dia

Terá menos fome, uma vez que, estes alimentos retardam o esvaziamento gástrico, ajudam à sensação de saciedade e diminuem o apetite.

 

  • Beba líquidos – sobretudo água

Não se esqueça de consumir líquidos ao longo do dia: a água ajuda a libertar a nicotina. Os sumos de fruta sem açúcar podem também ser bebidos, mas com moderação.

 

  • Faça exercício físico

Está demonstrado que a atividade física diminui a ansiedade, a vontade de fumar e permite, obviamente, manter um corpo são.

 

E se recair?

No caso de recair, lembre-se que a recaída faz parte de qualquer processo de mudança. Por isso, volte a tentar tudo de novo.

 

 

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Rúben Pinheiro
Nutricionista, C.P. 3248N

Os óleos essenciais no tratamento de adições: tabaco e álcool

Os óleos essenciais no tratamento de adições: tabaco e álcool

O consumo de álcool ou cigarro é um vício cada vez mais comum nas comunidades, partindo já desde o período da adolescência. A entrada nestas adições é, geralmente, associada a questões de ansiedade e depressão, tratando-se de um escape, para indivíduos que estão a passar por problemas psicológicos e procuram sair um pouco da realidade onde se encontram.

O tabagismo e consumo de álcool encarados como hábitos naturais

O cigarro acalma, baixa a pressão e dá uma sensação de falsa paz, sendo altamente viciante.
O álcool, por deixar as pessoas mais desinibidas e a mente mais vazia, acaba por ser uma forma muito utilizada de socializar quando se é muito tímido, por exemplo.

Ambos acabam por se revelar como substâncias atrativas, principalmente aos jovens, desde os convívios sociais e saídas em divertimento. Porém, esses hábitos podem acompanhá-los por toda a vida, sendo vistos como “naturais”, mas que trazem complicações a longo prazo, podendo mesmo ficar descontrolados.

Tratar o tabagismo

São conhecidas as doenças a longo prazo totalmente relacionadas ao uso do tabaco, como é o caso do cancro e problemas respiratórios, além disso, o consumo ao longo de anos confere uma aparência não saudável, com dentes e mãos amareladas, sendo também comum a presença de olheiras e, em alguns casos, um aspeto magro e desnutrido.

Indivíduos alcoólatras tendem a não ter sucesso nos seus relacionamentos, nas carreiras profissionais e, a longo prazo, desenvolvem doenças como úlceras, cirrose e pancreatite. O álcool, a curto prazo, pode ser uma das causas da inflamação sistémica, que é o início de praticamente todas as doenças físicas e emocionais.

Quando o consumo de álcool ultrapassa o moderado e conduz ao alcoolismo

Junto de sinais que levam a um aumento do consumo de álcool, estão emoções do indivíduo que, na hora de tratamento, devem ser acompanhadas de apoio familiar.

O papel da família deverá passar por entender e tentar descobrir os motivos que levam essas pessoas a ter esses comportamento, investigando a causa e o foco da ansiedade e depressão, que pode ser desde uma carência nutricional, que leva a carência de dopamina, molécula relacionada ao bem estar e motivação, até à falta de posicionamento em relacionamentos com outras pessoas, timidez excessiva ou possíveis transtornos relacionados como Transtorno Déficit de Atenção (TDA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) que, não compreendidos e ignorados, levam essas pessoas a um maior consumo.

O papel da aromaterapia no tratamento de adições

O poder dos óleos essenciais naturais é inquestionável no tratamento ou complementaridade de tratamentos do foro físico, mental ou emocional. São líquidos concentrados, extraídos de plantas, podendo ser de aplicação tópica, difusores ou, ainda, ingeridos.

Para o tratamento do tabagismo e alcoolismo estão recomendados os óleos essenciais naturais de hortelã-pimenta, de lavanda e de limão.

Óleo essencial de Hortelã

É dos melhores e mais indicados para adições. A hortelã possui, na sua composição, o mentol, que é o que dá o aspeto fresco e é considerado analgésico natural. Ao ser aplicado em spray na língua, ativa a sensação de satisfação no nosso cérebro. Ao ser inalado, abre as vias respiratórias e desintoxica o pulmão das substâncias “viciantes”, transmitindo sensação de alívio.

Óleo essencial de Lavanda

Está cientificamente comprovado que a inalação de óleo essencial de lavanda ajuda a combater vícios. O óleo pode ser colocado num difusor de ambientes ou colar pessoal e inalar sempre que sentir vontade de beber ou fumar.

As propriedades da lavanda são relaxantes, induzem calma e concentração e, assim como o hortelã-pimenta, vão ajudar a ficar mais calmo para que não seja necessário fumar ou beber. Este óleo de lavanda é também muito eficaz na redução da ansiedade.

Óleo essencial de limão

Papel qualquer indivíduo que trabalhe para acabar com adições, o óleo essencial de limão ou o grande percentual de D limoneno presente, é eficiente para aumentar a glutationa, que é o antioxidante mais forte que temos disponível no nosso organismo, fazendo com que ocorra uma desintoxicação e promovendo uma maior produção de dopamina e serotonina no indivíduo.

Como utilizar os óleos essenciais no tratamento?

Por estar totalmente relacionado às emoções, a indicação é que os óleos sejam utilizados por inalação, para que tenham acesso direto ao cérebro.

A par dos óleos, deve incluir atividades que lhe confiram prazer na sua rotina, como a prática de desporto, assistir a uma peça de teatro ou outros. Mudar alguns hábitos, como acordar mais cedo, também vai ajudar a liberar mais dopamina. Não deve ainda esquecer-se de manter uma hidratação adequada.

Pode procurar ainda um nutricionista, para auxiliar num acompanhamento nutricional, uma vez que a ansiedade e depressão também podem estar relacionadas à alimentação, podendo tratar-se de uma carência nutricional.

Por último, o círculo familiar e amigos próximos são cruciais para que o indivíduo passe por esta fase de uma forma mais tranquila. Destes, deve receber todo o apoio, empatia e compreensão.

 

 
susana
Suzana Soares

Mestre em Reiki e Hipnoterapeuta