7 estratégias para reduzir a ansiedade neste regresso às aulas

 

O mês de setembro chegou e com ele vem também o frenesim do regresso às aulas.

Este ano, por força da pandemia, o regresso às aulas traz novos desafios e é importante que pais e filhos se preparem da melhor forma.

Para os mais novos, voltar à escola, rever colegas e professores, retomar a rotina escolar é encarado como algo muito desejado, sobretudo num ano marcado por profundas mudanças com o ensino à distância. As crianças e jovens passaram muito tempo em confinamento e privados de contacto físico pelo que, agora, estão ávidos para retomar as suas atividades letivas e lúdicas.

Para os pais, o regresso às aulas pode não ser encarado da mesma forma pois, embora reconheçam a importância que o ensino presencial tem, é inequívoco que regressar à escola em tempos de pandemia pode representar expor os filhos a maior probabilidade de contágio.

É legítimo que pais e filhos se sintam ansiosos perante as atuais necessidades de saúde que implicam uma rotina adaptada com maiores cautelas e novos hábitos (usar máscara, maior distanciamento, higienização, etc.).

 

Se pretende reduzir a ansiedade que o regresso às aulas pode trazer, confira as seguintes estratégias:

1 – “Normalize” o medo e ansiedade.

Qualquer mudança ou transição, sobretudo em circunstâncias novas, trará ansiedade. Como tal, é normal que se sinta receoso por tudo o que poderá acontecer na escola, na forma como o seu filho vai lidar com as novas regras, novas rotinas, etc. Aceite que sentir medo perante o momento que vivemos é legítimo, é comum e poderá aprender a lidar com ele.

Não receie em falar abertamente sobre os seus medos com o seu cônjuge, familiares e amigos. Verá que outras pessoas passam pelo mesmo e terão testemunhos e opiniões importantes que poderão ajudá-lo a relativizar muitos dos seus medos.

Se o seu filho demonstrar medo em regressar às aulas, procure saber mais sobre o que o atemoriza, o que pensa sobre isso, e procurem, juntos, soluções para os diferentes problemas.

 

2 – Foque nas soluções e não nos problemas.

Ensine o seu filho a colocar maior atenção na procura de soluções e menos no problema em si. O objetivo é demonstrar sempre que cada problema possui diferentes formas para ser resolvido. Por exemplo, se o seu filho tiver medo em não fazer amigos estimule-o a encontrar diferentes formas para fazer/manter amizades. O mesmo se aplica a si. Se não observar novas alternativas peça conselhos, sugestões. Por vezes, quando se está fora do problema é mais fácil perceber as coisas de outras perspetivas.

 

3 – Antecipe o regresso às aulas, mas não antecipar o medo.

Em condições habituais, o seu filho estará expectante e desejoso em regressar às aulas. Falará mais sobre isso, quererá ir comprar novo material escolar, mostrará que tem planos para o novo ano, etc. Aproveite essas oportunidades para o motivar ainda mais, destacando sempre os aspetos mais positivos de, finalmente, poderem regressar ao ensino presencial. Não perca a oportunidade para ir antecipando algumas das novas rotinas. Mostre-se seguro e confiante na capacidade do seu filho cumprir as novas normas.

 

A mãe acompanha a criança à escola.

 

4 – Dê informação sem excessos.

Mantenha-se atualizado das recomendações da DGS e, em particular, do plano elaborado pela escola do seu filho. Muitas escolas têm definido normas muito específicas, para além das recomendações da DGS. Saiba tudo isso de antemão, selecione a informação mais importante e comunique gradualmente ao seu filho o que é esperado com o regresso às aulas. Não lhe dê demasiada informação ao mesmo tempo e vá dando oportunidade para a criança colocar as questões que entenda. Mostre sempre segurança e confiança.

 

5 – Limite o acesso aos noticiários ou fontes que induzam medo.

Os noticiários estão repletos de notícias sobre a pandemia e, muitas vezes, o tom alarmista apresentado deixa miúdos e graúdos com medo. Reduza o tempo em que a criança vê notícias e procure desmistificar algumas ideias mais assustadoras que possam ser passadas. Para os pais, o excesso de contacto com notícias sobre a pandemia poderá deixá-los inseguros.

 

6 – Assegure-se que terá forma de entrar em contacto com a criança

Reveja junto da sua escola qual a forma mais célere para entrar em contacto com o seu filho, em caso de necessidade. Se o seu filho puder usar telemóvel durante o recreio, defina um procedimento/rotina que seja tranquilizadora para pais e filhos. Por exemplo, ligar à hora de almoço para saber como correu a manhã, relembrar as recomendações e programar o período da tarde. Atenção, que estes contactos deverão ser feitos com moderação e por um tempo limitado para que não se crie dependência de parte a parte.

 

7 – Mantenha-se vigilante sem alarmismos

O retomar das atividades letivas, mudanças de escola, de turma, novos colegas, etc poderão trazer ansiedade para a criança. Além disso, a atual pandemia acarreta maiores níveis de stress na escola, pois alunos, professores e funcionários também terão que aprender a gerir as novas rotinas. Como tal é natural que o seu filho possa demonstrar receios, mostrar ligeiras alterações de comportamento ou humor. Isso não significa que as coisas estão a correr mal. São reajustes emocionais e comportamentais transitórios e normativos. Esteja atento, mas não valorize em demasia nas primeiras semanas. Dê oportunidade à criança que expresse as suas emoções e sentimentos, tranquilize-a. Se notar que as alterações emocionais e comportamentais se prolongam e não está a saber lidar com isso, procure ajuda especializada.

 

 

 

marco
Marco Martins Bento
Psicólogo clínico e psicoterapeuta

O meu filho só se interessa pelos jogos eletrónicos!

Os pais do séc. XXI parecem desesperados.

Na internet, na televisão ou em conversas com amigos todos têm opiniões diferentes sobre a parentalidade, limites e regras a impor aos nossos filhos. Os pais ficam confusos e a confusão gera dúvidas, incertezas e inseguranças sobre como ser “bom pai” ou “boa mãe”. Quando a dúvida se instala, os pais tendem a deixar de desempenhar com firmeza o seu papel de educadores e submetem-se às exigências dos filhos.

Perante um, cada vez maior, apelo pelas tecnologias, as crianças mostram grande interesse pelo uso de aparelhos eletrónicos e jogos. Jogos cada vez mais apelativos, pensados para “viciar” as crianças, com fortes sistemas de recompensa.

Com um cérebro em profunda maturação, ainda pouco hábil ao autocontrolo, é fácil às crianças perderem a noção de tempo e alienarem-se do que as rodeia. E alguns pais, ao invés de imporem limites aos filhos no uso de jogos, são os primeiros a incentivar as crianças, oferecendo telemóveis, tablets, consolas e jogos. A maioria das crianças que veem à minha consulta, enquanto aguardam na sala de espera, ficam a jogar no próprio telemóvel ou no dos pais. Esta parece ser a solução mais fácil e imediata para manter a criança sossegada, mas isto tem consequências!

Mais imediatamente, estamos a privar a criança de interagir adequadamente com o meio que a rodeia. Não ensinamos à criança a noção de tempo e de espera, porque sempre que esta fica alienada a jogar não aprende a esperar e a gerir o seu comportamento de forma consciente. A longo prazo, limitamos os interesses e inibimos a exploração que esta faz do meio em que vive e reduzimos a sua curiosidade.

Posto isto, é natural que a criança não desenvolva competências sociais e interpessoais, uma vez que aprende que na vida tudo pode ser como um jogo em que pode parar, reiniciar e jogar as vezes que quiser, quando quiser. Estamos a formar crianças e jovens com baixa tolerância à frustração, com baixos níveis de empatia e com pouca consciência de si.

Urge substituir o excesso de tecnologias por maior interação e mais jogos de tabuleiro em que os pais e outros adultos e crianças se mobilizam. A bem da diversão, das nossas crianças e do futuro das nossas gerações.

 

Marco Martins Bento

marco
Marco Martins Bento
(Psicólogo Clínico e Psicoterapeuta)

5 passos para desenvolver a sua autoconsciência emocional

5 passos para desenvolver a sua autoconsciência emocional

 

A autoconsciência emocional é uma dimensão da inteligência emocional.

A inteligência emocional é um conceito amplo que designa um conjunto de atributos, intrínsecos ao indivíduo, relacionados com a capacidade em reconhecer emoções em si e nos outros, saber regular as emoções e expressá-las adequadamente.

Na sociedade atual, a ausência de contacto físico e personalizado, em detrimento do uso excessivo de tecnologias e contacto à distância, tem contribuído para que, globalmente, se encontrem dificuldades ao nível da identificação e regulação emocionais. Se não estivermos cara a cara, a comunicação perde elementos-chave que são pistas para decifrar as emoções no outro. Se vivermos numa sociedade de permanentes estímulos e de gratificações imediatas, teremos dificuldade em saber esperar, lutar por objetivos e, consequentemente, dificuldade em lidar com a frustração.

Não é por mero acaso que em contexto empresarial seja cada vez mais considerada a inteligência emocional como fator de ponderação para o recrutamento. Um colaborador que saiba gerir as suas emoções será mais produtivo, envolve-se menos afetivamente, é menos permeável à interferência de fatores pessoais e lida melhor com a frustração.

Em contexto clínico, procuramos alertar para a importância dos aspetos emocionais e de que forma os podemos promover. Sim, porque todos, independentemente do sexo e idade, podemos melhorar a nossa inteligência emocional!

 

5 passos para desenvolver a sua autoconsciência emocional:

1 – Faça uma lista com todos os tipos de emoções e sentimentos que conheça.

Do ponto de vista conceptual, emoções e sentimentos são diferentes, mas para o comum do indivíduo pode ser difícil esta destrinça. Como tal, não se incomode com isso. Faça uma lista onde identifique todas as emoções e sentimentos que conheça. São muitas: umas mais positivas que outras, mas todas com funções adaptativas.

2 – Assinale na lista de emoções e sentimentos, aqueles que, habitualmente, costuma sentir mais e menos.

3 – Para cada uma das emoções e sentimentos, identifique uma situação ou experiência que, habitualmente, o/a faça sentir assim.

4 – Para cada emoção e sentimento, responda às seguintes questões: esta emoção ou sentimento interferem negativamente com a minha atitude e comportamento? Se sim, perante esta situação como costumam reagir os que me rodeiam?

5 – Se perceber que o que sente em cada uma das situações é negativo, terá que estabelecer um plano de ação. Para isso, em cada situação na qual reage negativamente, identifique pensamentos que surjam, outras formas de comportamento, outros pontos de vista sobre aquela situação, tente colocar-se no lugar do outro (empatia). Sempre que essas situações ocorram, lembre-se que pode pensar de forma diferente, adotando uma postura mais distanciada. Por vezes, o que acontece não é propositado, nem lhe é dirigido, pelo que não deve levar as situações negativas “tão a peito”.

 

marco
Marco Martins Bento
(Psicólogo Clínico e Psicoterapeuta)

Intervenção psicológica em hipertensos

O stress, traços de personalidade (sobretudo a inibição da hostilidade ou repressão de sentimentos), a ansiedade, a depressão e a alexitimia (dificuldade na expressão e/ou adequação emocional) são fatores psicossociais que desenvolvem, mantem e agravam a hipertensão.
Além da avaliação e intervenção médica e farmacológica, as investigações demonstram que na intervenção em hipertensos devem ser considerados os aspetos psicológicos no sentido de melhorar a sua qualidade de vida.
Concretamente, sabe-se que, em fases iniciais da doença, a intervenção psicossocial, por si só, pode ser suficiente para inibir o desenvolvimento da hipertensão.
Na psicologia, a intervenção deve centrar-se na mudança do estilo de vida, promoção de comportamentos positivos, redução de stress, promoção de competências sociais, estratégias de resolução de problemas e avaliação e intervenção na personalidade.
Do ponto de vista terapêutico, o treino de inoculação de stress e o relaxamento (nas suas diferentes vertentes) são as abordagens mais utilizadas.
Também usado, com regularidade, o treino de autocontrolo permite devolver ao indivíduo a responsabilidade pela adoção de comportamentos de saúde positivos.
Existem outras abordagens: o biofeedback, a terapia racional emotiva, as técnicas cognitivo-comportamentais. Qualquer uma destas terapias tem demonstrado ganhos na qualidade de vida dos hipertensos, através da melhoria do estilo de vida e mudança de comportamentos desadaptativos.
Identificar crenças associadas à hipertensão, discutir e analisar a lógica dessas convicções e encontrar pensamentos e comportamentos alternativos facilitam a adoção de atitudes positivas e que melhoram a condição do doente.
Importa destacar que a medicação antihipertensiva também acarreta efeitos indesejados, tais como fadiga, sonolência e dificuldade de concentração. Assim, encontrar formas alternativas de tratar a hipertensão, sobretudo em fases iniciais, é essencial.
A integração de terapêuticas psicológicas, associadas à mudança de hábitos alimentares e comportamentos aditivos (tabaco, álcool, etc) favorece, indubitavelmente, a vida de indivíduos hipertensos.
Na Clínica NirvanaMED tem ao seu dispor diferentes especialidades clínicas e holísticas que melhorarão a sua condição de saúde.
marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)

Que fatores psicológicos agravam a hipertensão?

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco de doenças cardiovasculares que, por sua vez, representam a principal causa de morte nos países industrializados.
Com frequência a hipertensão arterial está associada a outras patologias como cardiopatias isquémicas, AVC’s e insuficiências cardíacas e renais.
Como, na maioria dos casos, a hipertensão é “silenciosa”, ou seja, não dá sintomas claros em fases precoces, importa estar vigilante quanto à sua deteção tão cedo quanto possível.
Em Portugal, cerca de 40% de indivíduos com mais de 40 anos são hipertensos.
Antes da hipertensão se instalar de forma mais grave, existe um período de desenvolvimento de picos de tensão que podem ser controlados e evitar uma hipertensão crónica.
Atualmente, sabe-se que são múltiplos os fatores que contribuem para a hipertensão. Os fatores genéticos e hemodinâmicos são os principais, todavia os aspetos psicossociais agravam a hipertensão.
Dentro dos fatores psicossociais, o stress e determinadas caraterísticas de personalidade são os que mais contribuem para o desenvolvimento e manutenção da hipertensão.
Indivíduos expostos a situações de stress estão mais propensos à hipertensão, sobretudo o designado stress social (situações em que a pessoa tem necessidade em exigir ser respeitada, tem que reivindicar os seus direitos e expressar sentimentos perante outras pessoas).

Quem tem maior tendência à hipertensão?
Os estudos demonstram que as pessoas menos afirmativas e que tendem a inibir as suas emoções estão mais propensas à hipertensão. De igual modo, os indivíduos mais agressivos, mas que inibem essa hostilidade, acumulam tensões e conflitos internos que se manifestam em alterações neuro endócrinas, com implicações na tensão arterial.
Em suma, do ponto de vista psicológico, pessoas mais inibidas emocionalmente, particularmente que reprimem emoções como a raiva, a ira, a hostilidade e ressentimentos, estão mais vulneráveis à hipertensão. Também a excessiva competitividade, elevado grau de empenho profissional e impaciência deixam as pessoas mais predispostas a stress e, consequentemente, agrava a possibilidade de hipertensão.

 
marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)

PSYCH-K – é mais fácil mudar a sua vida!

O PSYCH-K® trata-se de um método de cinesiologia psicológica. Por outras palavras, recorre a testes musculares para estabelecer comunicação com o subconsciente, permitindo mudar crenças e atitudes negativas que originam e mantém comportamentos negativos ou desadaptativos.

 

Esta abordagem terapêutica foi descoberta no final dos anos 80, por Robert M. Williams. Desde então, o seu criador desenvolveu uma teoria que considera que a mente subconsciente controla a maioria dos pensamentos e comportamentos. Ao invés das terapias cognitivas, mais habituais, que apenas mudam crenças na mente consciente, o PSYCH-K® possibilita uma mudança mais profunda e estruturante, modificando as crenças na sua origem.

 

O PSYCH-K® alicerça-se numa constatação: os nossos músculos respondem a impulsos provocados, frequentemente, de modo automático pela nossa mente subconsciente. Isso faz com que tenhamos determinados comportamentos, sem nos apercebermos disso ou sem que os controlemos de forma consciente e racional. Assim, pensar o inverso também parece verdade: podemos usar os músculos como forma de enviar informação ao nosso cérebro, integrando nova informação na mente subconsciente.

 

A evidência científica em imagiologia cerebral demonstrou que as técnicas de PSYCH-K® ativam áreas do córtex que estavam anteriormente desativadas. Esta condição é possibilitada pela comunicação aumentada entre os dois hemisférios cerebrais, conseguida através do PSYCH-K®. Quando esta conexão é alcançada, a nossa mente mostra-se mais recetiva à mudança de crenças e perceções negativas.

 

Ao longo destes anos de intervenção, podemos dizer que o PSYCH-K® é uma forma simples, rápida, efetiva e verificável de mudança a um nível subconsciente. Como resultado, o indivíduo passa a percecionar os eventos adversos de uma forma mais positiva e os seus comportamentos inadequados passam a ser ajustados às circunstâncias e necessidades.

 

Mais informações em www.psych-k.com

Veja o vídeo do criador do PSYCH-K®:

 

Esta abordagem terapêutica já está disponível da sua Clínica NirvanaMED.

Se tiver alguma dúvida, não hesite em contactar-me: marco.bento@nirvanamed.pt

Agora, é mais fácil mudar a sua vida!

marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)

Curar feridas emocionais… é possível!

Já, por diversas vezes, lhe falei sobre os traumas e o seu impacto no desenvolvimento de perturbações psiquiátricas.

Ansiedade, depressão, dificuldades nos relacionamentos, baixa autoestima, são alguns exemplos de problemáticas que podem decorrer de “feridas emocionais” não trabalhadas, tanto na infância como no presente.

Em síntese, e de forma simples, as vivências que nos perturbaram, magoaram ou se constituem como memórias dolorosas, são a causa da maioria das perturbações psiquiátricas. Embora se reconheça que existe uma predisposição biológica, é a exposição prolongada ou aguda ao trauma que possibilita o desenvolvimento de psicopatologia.

Assim, urge colocar uma questão: é possível curar as “feridas emocionais” que são o núcleo da psicopatologia?

A resposta é: sim, é possível. Mais, é possível de diversas formas.

A mais frequente, mas não mais eficaz, é a medicação. Sobre isso, também já referi que a medicação é bem-sucedida na melhoria de sintomas, mas não cura, per si, os traumas emocionais. Ou seja, melhora os sintomas, mas não melhora a essência da patologia. Na maior parte das vezes, terminando a medicação, as dificuldades regressam!

Então, mas qual a terapia mais eficaz? Respondo-lhe: a psicoterapia.

Existem diferentes abordagens psicoterapêuticas. No modelo terapêutico integrativo a que recorro, utilizo terapias cognitivas, comportamentais, com base no EMDR® e, mais recentemente, integrei uma nova terapia, de vertente energética, e da qual gosto bastante: AS BARRAS DE ACCESS®.

As BARRAS DE ACCESS® são 32 pontos de energia situados na cabeça que, quando estimulados, permitem uma redução da atividade elétrica cerebral, desbloqueando energia eletromagnética associada a eventos em várias esferas da nossa vida.

Como resultado, em poucas sessões, a pessoa experiencia uma mudança de atitude perante a vida, mudando crenças e perceções sobre o mundo e sobre a sua vida. É como se fossem eliminados estados mentais negativos, possibilitando a aquisição de uma melhor consciência sobre si, os outros e a vida.

Com esta terapia, em associação com outras abordagens, tenho verificado que é possível curar traumas e “feridas emocionais” que bloqueiam e dificultam o quotidiano de quem me procura.

Lanço-lhe o desafio: venha conhecer esta terapia e surpreenda-se, tal como eu!

marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)

Este Natal, esteja presente!

Pode parecer uma mensagem muito rebuscada e tantas vezes repetida, mas entendo não ser demais reforçar: mais importante que as prendas que se oferecem, nesta quadra e como sempre, o fundamental é o amor!

Um amor que se sente, se demonstra e que une.

Não é por acaso que o amor, nas suas diversas formas, é o alicerce de qualquer relação.

Numa sociedade tão marcada pelo “pouco tempo” e pelo forte apelo aos bens materiais, com frequência o afeto, o carinho e o amor são substituídos por brinquedos, viagens, roupas e outros objetos que as tendências comerciais nos oferecem. Não que estes bens não sejam merecedores da nossa atenção, pois também nos confortam, todavia, em momento algum, se podem sobrepor à presença e abraço daqueles que mais amamos.

É esse abraço que nos energiza para enfrentar os obstáculos do dia a dia. É essa a força que nos move: a força do amor!

Esse afeto não tem uma proveniência concreta e única. Pode ser o carinho dos amigos, dos colegas, de familiares, ou mesmo de um desconhecido que tirou um pouco do seu tempo para nos dedicar alguma atenção.

Os presentes, os bens materiais, são um acrescento, um acessório, e assim devem ser encarados. A peça nuclear é o amor. Algo que não se compra num centro comercial, mas que necessita ser cultivado dia após dia, como uma flor que se torna cada vez mais bela conforme é regada e tratada.

Neste natal, lembre-se que a mais valiosa prenda que pode oferecer é a sua presença, o seu tempo, a sua dedicação e atenção, junto dos que lhe são mais importantes. Os presentes são um complemento, que pode existir ou não…

Valorize as pessoas que tem à sua volta, quem se preocupa consigo, quem lhe dá uma palavra amiga, um ombro e abraço de segurança e conforto. Isso sim, é amor! É a mais valiosa prenda que pode receber e dar.

Neste natal, faço votos que sinta todo o amor que lhe querem transmitir.

Receba, da minha parte, a esperança na renovação e em dias mais auspiciosos.

Boas Festas

marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)

A psicoterapia EMDR no tratamento da ansiedade

A ansiedade é tida como um dos grandes problemas da sociedade contemporânea.

A venda de psicofármacos, especificamente ansiolíticos e benzodiazepinas, para reduzir os sintomas de ansiedade, tem disparado, representando um elevado custo para o Estado na comparticipação desses medicamentos. Para além deste custo direto, não podemos esquecer os custos indiretos, como o absentismo laboral (baixas psiquiátricas) ou a quebra de produtividade.

Se conhecemos claramente o quanto a ansiedade afeta o nosso rendimento, porque motivo ainda não investimos adequadamente em tratamentos eficazes?

Uma razão parece-nos óbvia: questões meramente economicistas! O Estado continua a preferir comparticipar a medicação, alimentado os interesses das farmacêuticas, em detrimento de apostar na prevenção através da contratação de psicólogos para os serviços de saúde primária ou através da comparticipação de cuidados psicoterapêuticos no setor privado.

Este paradigma resulta no aumento da venda de fármacos que, efetivamente, reduzem os sintomas de ansiedade, mas não os resolvem completamente pois não atuam na origem do problema nem fornecem ao paciente os recursos internos que este necessita para enfrentar a ansiedade.

No combate à ansiedade, aos medos e fobias, a psicoterapia EMDR® mostra-se, atualmente, uma abordagem terapêutica efetiva e eficaz. Além de breve, esta psicoterapia facilita o acesso às memórias dolorosas que originam ou agravam a ansiedade, mesmo que inconscientemente.

Através do acesso a essas memórias, é possível ao terapeuta dessensibilizar e reprocessar o conteúdo doloroso, incrementando recursos positivos e de empoderamento que resultam numa melhoria clara da ansiedade.

Com frequência os pacientes desejam saber se vão esquecer as memórias dolorosas. Em verdade, as memórias não são apagadas nem esquecidas, mas deixam de provocar dor e sofrimento! Também nos questionam se a ansiedade desaparecerá com o EMDR®. Importa clarificar que a ansiedade nunca desaparecerá por completo, pois este estado deriva de uma emoção de medo que todos temos e que nos protege perante as adversidades e perigos. O que sucede é que a ansiedade se mantém, mas em níveis reduzidos e adequados, ou seja, aparece apenas quando é necessária.

Deste modo, a psicoterapia EMDR® é indicada, recomendada e adequada no tratamento da ansiedade.
marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)

A distância que nos aproxima: CONSULTAS ONLINE

O uso de novas tecnologias é encarado como um “um pau de dois gumes”. Por um lado, tornou possível o contacto mais breve, permitiu a troca global de bens e serviços e possibilitou-nos ter acesso a um infindável leque de oportunidades, no entanto, por outro lado, trouxe-nos fenómenos como o assédio virtual, a difusão de conteúdos chocantes e moralmente condenáveis, ou mesmo o maior risco a fraudes online.

Esta dicotomia deixa-nos pouco confortáveis por estarmos cientes de que as novas tecnologias podem ter um lado perverso e, por vezes, difícil de controlar.

Todavia, as novas formas de comunicação não são “um bicho papão” e comportam potencialidades que, em muito, melhoraram as nossas vidas. Na verdade, cabe a cada um de nós fazer bom uso dessas ferramentas e tomar as devidas cautelas para evitar determinados riscos.

Como a internet é utilizada massivamente, e são cada vez mais os que a utilizam para trabalho e lazer, entendemos que este pode ser um meio privilegiado para fazer chegar os nossos serviços a quem está longe ou impossibilitando de vir à nossa clínica.

Foi este o mote para a criação do nosso novo serviço de CONSULTAS ONLINE.

Na realidade, as consultas em formato online já acontecem um pouco por todo o mundo, em diferentes contextos. Nomeadamente, na prática clínica está demonstrado que os seus benefícios terapêuticos são idênticos aos da consulta presencial, desde que estabelecida uma boa avaliação e relação terapêutica.

Os maiores receios prendem-se que a perda de privacidade ou sigilo profissional, contudo a ética exige o cumprimento escrupuloso de todas as condições que salvaguardem o paciente, independentemente do acompanhamento presencial ou online, pelo que garantimos completa privacidade clínica, cabendo ao paciente assegurar que no local onde se encontra a sua privacidade é, de igual modo, assegurada.

Como compreenderá, pesadas as vantagens e desvantagens desta modalidade de intervenção à distância, podemos afirmar ser muito benéfica para determinados casos em que um contacto presencial se mostre difícil.

Na Clínica NirvanaMED estamos preparados para o futuro e dispomos de condições tecnológicas que nos aproximam de uma experiência presencial, com todas as mais-valias que o contacto online nos pode oferecer.

Contacte-nos para esclarecer as suas dúvidas. Teremos todo o gosto em ajudá-lo(a).
marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)