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Que fatores psicológicos agravam a hipertensão?

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco de doenças cardiovasculares que, por sua vez, representam a principal causa de morte nos países industrializados.
Com frequência a hipertensão arterial está associada a outras patologias como cardiopatias isquémicas, AVC’s e insuficiências cardíacas e renais.
Como, na maioria dos casos, a hipertensão é “silenciosa”, ou seja, não dá sintomas claros em fases precoces, importa estar vigilante quanto à sua deteção tão cedo quanto possível.
Em Portugal, cerca de 40% de indivíduos com mais de 40 anos são hipertensos.
Antes da hipertensão se instalar de forma mais grave, existe um período de desenvolvimento de picos de tensão que podem ser controlados e evitar uma hipertensão crónica.
Atualmente, sabe-se que são múltiplos os fatores que contribuem para a hipertensão. Os fatores genéticos e hemodinâmicos são os principais, todavia os aspetos psicossociais agravam a hipertensão.
Dentro dos fatores psicossociais, o stress e determinadas caraterísticas de personalidade são os que mais contribuem para o desenvolvimento e manutenção da hipertensão.
Indivíduos expostos a situações de stress estão mais propensos à hipertensão, sobretudo o designado stress social (situações em que a pessoa tem necessidade em exigir ser respeitada, tem que reivindicar os seus direitos e expressar sentimentos perante outras pessoas).

Quem tem maior tendência à hipertensão?
Os estudos demonstram que as pessoas menos afirmativas e que tendem a inibir as suas emoções estão mais propensas à hipertensão. De igual modo, os indivíduos mais agressivos, mas que inibem essa hostilidade, acumulam tensões e conflitos internos que se manifestam em alterações neuro endócrinas, com implicações na tensão arterial.
Em suma, do ponto de vista psicológico, pessoas mais inibidas emocionalmente, particularmente que reprimem emoções como a raiva, a ira, a hostilidade e ressentimentos, estão mais vulneráveis à hipertensão. Também a excessiva competitividade, elevado grau de empenho profissional e impaciência deixam as pessoas mais predispostas a stress e, consequentemente, agrava a possibilidade de hipertensão.

 
marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)

Curar feridas emocionais… é possível!

Já, por diversas vezes, lhe falei sobre os traumas e o seu impacto no desenvolvimento de perturbações psiquiátricas.

Ansiedade, depressão, dificuldades nos relacionamentos, baixa autoestima, são alguns exemplos de problemáticas que podem decorrer de “feridas emocionais” não trabalhadas, tanto na infância como no presente.

Em síntese, e de forma simples, as vivências que nos perturbaram, magoaram ou se constituem como memórias dolorosas, são a causa da maioria das perturbações psiquiátricas. Embora se reconheça que existe uma predisposição biológica, é a exposição prolongada ou aguda ao trauma que possibilita o desenvolvimento de psicopatologia.

Assim, urge colocar uma questão: é possível curar as “feridas emocionais” que são o núcleo da psicopatologia?

A resposta é: sim, é possível. Mais, é possível de diversas formas.

A mais frequente, mas não mais eficaz, é a medicação. Sobre isso, também já referi que a medicação é bem-sucedida na melhoria de sintomas, mas não cura, per si, os traumas emocionais. Ou seja, melhora os sintomas, mas não melhora a essência da patologia. Na maior parte das vezes, terminando a medicação, as dificuldades regressam!

Então, mas qual a terapia mais eficaz? Respondo-lhe: a psicoterapia.

Existem diferentes abordagens psicoterapêuticas. No modelo terapêutico integrativo a que recorro, utilizo terapias cognitivas, comportamentais, com base no EMDR® e, mais recentemente, integrei uma nova terapia, de vertente energética, e da qual gosto bastante: AS BARRAS DE ACCESS®.

As BARRAS DE ACCESS® são 32 pontos de energia situados na cabeça que, quando estimulados, permitem uma redução da atividade elétrica cerebral, desbloqueando energia eletromagnética associada a eventos em várias esferas da nossa vida.

Como resultado, em poucas sessões, a pessoa experiencia uma mudança de atitude perante a vida, mudando crenças e perceções sobre o mundo e sobre a sua vida. É como se fossem eliminados estados mentais negativos, possibilitando a aquisição de uma melhor consciência sobre si, os outros e a vida.

Com esta terapia, em associação com outras abordagens, tenho verificado que é possível curar traumas e “feridas emocionais” que bloqueiam e dificultam o quotidiano de quem me procura.

Lanço-lhe o desafio: venha conhecer esta terapia e surpreenda-se, tal como eu!

marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)

Este Natal, esteja presente!

Pode parecer uma mensagem muito rebuscada e tantas vezes repetida, mas entendo não ser demais reforçar: mais importante que as prendas que se oferecem, nesta quadra e como sempre, o fundamental é o amor!

Um amor que se sente, se demonstra e que une.

Não é por acaso que o amor, nas suas diversas formas, é o alicerce de qualquer relação.

Numa sociedade tão marcada pelo “pouco tempo” e pelo forte apelo aos bens materiais, com frequência o afeto, o carinho e o amor são substituídos por brinquedos, viagens, roupas e outros objetos que as tendências comerciais nos oferecem. Não que estes bens não sejam merecedores da nossa atenção, pois também nos confortam, todavia, em momento algum, se podem sobrepor à presença e abraço daqueles que mais amamos.

É esse abraço que nos energiza para enfrentar os obstáculos do dia a dia. É essa a força que nos move: a força do amor!

Esse afeto não tem uma proveniência concreta e única. Pode ser o carinho dos amigos, dos colegas, de familiares, ou mesmo de um desconhecido que tirou um pouco do seu tempo para nos dedicar alguma atenção.

Os presentes, os bens materiais, são um acrescento, um acessório, e assim devem ser encarados. A peça nuclear é o amor. Algo que não se compra num centro comercial, mas que necessita ser cultivado dia após dia, como uma flor que se torna cada vez mais bela conforme é regada e tratada.

Neste natal, lembre-se que a mais valiosa prenda que pode oferecer é a sua presença, o seu tempo, a sua dedicação e atenção, junto dos que lhe são mais importantes. Os presentes são um complemento, que pode existir ou não…

Valorize as pessoas que tem à sua volta, quem se preocupa consigo, quem lhe dá uma palavra amiga, um ombro e abraço de segurança e conforto. Isso sim, é amor! É a mais valiosa prenda que pode receber e dar.

Neste natal, faço votos que sinta todo o amor que lhe querem transmitir.

Receba, da minha parte, a esperança na renovação e em dias mais auspiciosos.

Boas Festas

marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)

A psicoterapia EMDR no tratamento da ansiedade

A ansiedade é tida como um dos grandes problemas da sociedade contemporânea.

A venda de psicofármacos, especificamente ansiolíticos e benzodiazepinas, para reduzir os sintomas de ansiedade, tem disparado, representando um elevado custo para o Estado na comparticipação desses medicamentos. Para além deste custo direto, não podemos esquecer os custos indiretos, como o absentismo laboral (baixas psiquiátricas) ou a quebra de produtividade.

Se conhecemos claramente o quanto a ansiedade afeta o nosso rendimento, porque motivo ainda não investimos adequadamente em tratamentos eficazes?

Uma razão parece-nos óbvia: questões meramente economicistas! O Estado continua a preferir comparticipar a medicação, alimentado os interesses das farmacêuticas, em detrimento de apostar na prevenção através da contratação de psicólogos para os serviços de saúde primária ou através da comparticipação de cuidados psicoterapêuticos no setor privado.

Este paradigma resulta no aumento da venda de fármacos que, efetivamente, reduzem os sintomas de ansiedade, mas não os resolvem completamente pois não atuam na origem do problema nem fornecem ao paciente os recursos internos que este necessita para enfrentar a ansiedade.

No combate à ansiedade, aos medos e fobias, a psicoterapia EMDR® mostra-se, atualmente, uma abordagem terapêutica efetiva e eficaz. Além de breve, esta psicoterapia facilita o acesso às memórias dolorosas que originam ou agravam a ansiedade, mesmo que inconscientemente.

Através do acesso a essas memórias, é possível ao terapeuta dessensibilizar e reprocessar o conteúdo doloroso, incrementando recursos positivos e de empoderamento que resultam numa melhoria clara da ansiedade.

Com frequência os pacientes desejam saber se vão esquecer as memórias dolorosas. Em verdade, as memórias não são apagadas nem esquecidas, mas deixam de provocar dor e sofrimento! Também nos questionam se a ansiedade desaparecerá com o EMDR®. Importa clarificar que a ansiedade nunca desaparecerá por completo, pois este estado deriva de uma emoção de medo que todos temos e que nos protege perante as adversidades e perigos. O que sucede é que a ansiedade se mantém, mas em níveis reduzidos e adequados, ou seja, aparece apenas quando é necessária.

Deste modo, a psicoterapia EMDR® é indicada, recomendada e adequada no tratamento da ansiedade.
marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)