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Curar feridas emocionais… é possível!

Já, por diversas vezes, lhe falei sobre os traumas e o seu impacto no desenvolvimento de perturbações psiquiátricas.

Ansiedade, depressão, dificuldades nos relacionamentos, baixa autoestima, são alguns exemplos de problemáticas que podem decorrer de “feridas emocionais” não trabalhadas, tanto na infância como no presente.

Em síntese, e de forma simples, as vivências que nos perturbaram, magoaram ou se constituem como memórias dolorosas, são a causa da maioria das perturbações psiquiátricas. Embora se reconheça que existe uma predisposição biológica, é a exposição prolongada ou aguda ao trauma que possibilita o desenvolvimento de psicopatologia.

Assim, urge colocar uma questão: é possível curar as “feridas emocionais” que são o núcleo da psicopatologia?

A resposta é: sim, é possível. Mais, é possível de diversas formas.

A mais frequente, mas não mais eficaz, é a medicação. Sobre isso, também já referi que a medicação é bem-sucedida na melhoria de sintomas, mas não cura, per si, os traumas emocionais. Ou seja, melhora os sintomas, mas não melhora a essência da patologia. Na maior parte das vezes, terminando a medicação, as dificuldades regressam!

Então, mas qual a terapia mais eficaz? Respondo-lhe: a psicoterapia.

Existem diferentes abordagens psicoterapêuticas. No modelo terapêutico integrativo a que recorro, utilizo terapias cognitivas, comportamentais, com base no EMDR® e, mais recentemente, integrei uma nova terapia, de vertente energética, e da qual gosto bastante: AS BARRAS DE ACCESS®.

As BARRAS DE ACCESS® são 32 pontos de energia situados na cabeça que, quando estimulados, permitem uma redução da atividade elétrica cerebral, desbloqueando energia eletromagnética associada a eventos em várias esferas da nossa vida.

Como resultado, em poucas sessões, a pessoa experiencia uma mudança de atitude perante a vida, mudando crenças e perceções sobre o mundo e sobre a sua vida. É como se fossem eliminados estados mentais negativos, possibilitando a aquisição de uma melhor consciência sobre si, os outros e a vida.

Com esta terapia, em associação com outras abordagens, tenho verificado que é possível curar traumas e “feridas emocionais” que bloqueiam e dificultam o quotidiano de quem me procura.

Lanço-lhe o desafio: venha conhecer esta terapia e surpreenda-se, tal como eu!

marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)

Pequenos (Grandes) Traumas!

Esta semana convido-o(a) a “viajar” até às memórias da sua infância.

Qual ou quais as recordações que lhe vêm à mente?

Nalguns casos serão memórias de bons momentos em família ou amigos; noutros talvez lembranças na escola ou de descobertas próprias da idade; outras, ainda, poderão ser recordações menos positivas ou até dolorosas e traumáticas.

Independentemente do que seja o seu caso, certo é que esta(s) memória(s) não espelha(m) tudo o que armazenamos no nosso cérebro, sendo apenas uma ínfima parte daquilo que guardamos no nosso inconsciente.

Na verdade, tudo o que somos – a nossa identidade – é condicionado pelas aprendizagens que fizemos ao longo da vida e que, em primeira instância, resultam dos acontecimentos pelos quais passámos (sejam bons ou maus), assim como do modo como os interpretámos.

A vivência de determinados acontecimentos fica registada na nossa mente, em forma de memória, e mesmo que não tenhamos consciência dela, o natural é que essa memória condicione a forma como no futuro nos relacionamos com o mundo que nos rodeia.

Um exemplo prático é o de um adulto ansioso, que em criança sempre foi demasiado protegido e não teve possibilidade de explorar o seu redor. Se na sua infância ainda era repreendido pelos pais, assustado em relação a demasiados perigos ou castigado, tudo isso se refletirá num adulto amedrontado e dependente.

Este caso ilustra a importância das memórias associadas a “pequenos traumas”. Quero com isto dizer que as lembranças menos positivas não têm que ser somente situações de maior gravidade ou interpretadas como violentas. Todos os momentos em que no nosso passado fomos castigados sem motivo (ou pelo menos, na altura não entendemos a razão), fomos menosprezados e desvalorizados ou nos disseram: “não faças”, “tu não consegues”, “o que fizeste está mal”, foi imprimindo no nosso inconsciente crenças castradoras ou limitantes que, hoje em dia, se repercutem nos nossos relacionamentos, trabalho e na forma como nos vemos a nós próprios.

A dificuldade em compreender o motivo pelo qual, muitas vezes, se persiste no mesmo erro, se fazem as coisas de determinada maneira ou se mantém certas relações encontram justificação em vivências passadas, mesmo que não tenhamos disso consciência.

Deixo uma sugestão: procure descobrir que acontecimentos do seu passado podem estar a marcar, decisivamente, o seu presente e tente aceitar o que aconteceu como uma oportunidade de aprendizagem. Olhe para essa memória, distancie-se e responda: “o que aprendi com o que me aconteceu?” e “como posso melhorar com tudo o que já sei hoje?”.

Conheça-se melhor e seja feliz.

Um abraço amigo.
marco
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)