Birras?! Socorro!
Lidar com uma birra pode não ser fácil.
Para a criança, a frustração de querer algo que não obtém; para os pais, a vergonha em não saber como controlar uma birra em público.
Em casa? O mesmo dilema: a birra perturba a relação entre a criança e os pais e também entre o casal (um cede à birra e o outro não!).
Este pode parecer um cenário muito negativo, mas retrata o que mais acontece, em privado e em público, com os pais que procuram a nossa ajuda.
Um progenitor acha que é importante não fazer “as vontades” da criança; o outro, desesperado, julga que o melhor é não contrariar para que a criança se acalme, evitando o prolongar da birra.
Em família, os avós dizem uma coisa, os tios dizem outra… Os pais ficam confusos e perdem algum discernimento para gerir um comportamento que não se deseja com regularidade: a birra da criança.
Uma coisa é certa: fazer birras faz parte do desenvolvimento. Em algum momento, com maior ou menor intensidade ou frequência, a criança reagirá com uma birra. Como tal, importa não agir por impulso, conhecer como lidar de modo positivo com esse comportamento e, sobretudo, ensinar à criança formas mais adequadas para comunicar desejos ou expressar desagrado ou frustrações.
No próximo workshop “Birras da Criança” iremos partilhar, de forma prática, simples e concreta, dicas úteis para que pais e educadores possam controlam as birras, demonstrando afeto positivo e modelando o comportamento da criança.
Se não puder estar presente saiba que, nas consultas de psicologia pediátrica, encontra apoio especializado para lidar com as birras.
Para uma birra é apenas uma birra e não tem que ser “um bicho de sete cabeças”.
Um abraço (sem birras!),
Marco Martins Bento
(psicólogo clínico e psicoterapeuta)