As perturbações do sono são alterações na estrutura, duração e qualidade, caraterizadas por comportamentos anormais durante o sono ou associados ao sono.
O sono é uma necessidade orgânica imprescindível para o bom desempenho fisiológico e comportamental. A prevalência cada vez maior de patologias psiquiátricas ou stress tem levado ao aumento das dificuldades em dormir; do mesmo modo, noites mal dormidas são um agravante para as perturbações mentais ou para o normal funcionamento corporal.
As atuais exigências pessoais, sociais e profissionais tem acarretado maiores dificuldades na gestão dos períodos de sono, por exemplo, um trabalho por turnos condiciona o modo como dormimos uma vez que nunca há uma hora certa para adormecer, contrariando os ritmos biológicos que são, tendencialmente, estáveis.
As necessidades de sono são muito variáveis, mas num adulto a média é dormir entre 6 a 9 horas diárias. Na criança em idade escolar esse período é um pouco maior e no recém-nascido até à entrada para a escola, a média ronda as 9 a 16 horas. Contudo, não importa analisar somente a quantidade, mas também a qualidade do sono, uma vez que é uma correta “arquitetura do sono” que permite noites repousantes.
Entre as principais dificuldades do sono encontramos a insónia, hipersónia, apneia do sono, atraso de fase, parassónias, síndrome de pernas inquietas, bruxismo (ranger os dentes durante o sono) e a narcolepsia.
A insónia carateriza-se pela dificuldade em adormecer ou permanecer a dormir. Habitualmente, poderá ser no início (insónia inicial) ou durante a noite (insónia intermédia). Importa destacar que a insónia é um sintoma que está presente em muitas perturbações, tanto mentais, emocionais, físicas ou associada ao consumo de determinadas substâncias, pelo que é imprescindível um correto diagnóstico diferencial para se perceber qual a sua origem.
O tratamento depende da gravidade da insónia e poderá ser com medicação, combinado com terapias várias ou simplesmente com a introdução de estratégias comportamentais como as de higiene do sono.
A hipersónia corresponde à uma necessidade em dormir mais horas que o expectável, habitualmente, mais 25% do que a média para a sua faixa etária.
É fundamental estar atento ao número de horas de sono pois uma hipersónia de média ou longa duração, de modo contínuo, é um indicador de que algo não está bem e poderá ter uma outra patologia associada, por exemplo, uma incorreta “estrutura do sono”, humor deprimido, ansiedade, abuso de medicação ou baixos níveis de oxigénio a chegar ao cérebro.
A narcolepsia é menos frequente e mais grave. Os sintomas associam-se a sonolência profunda em horas em que deveria estar acordado, por exemplo, adormecer, repentinamente, durante o dia. Também poderão ocorrer cataplexia (paralisia do corpo estando acordado e durante um curto período de tempo) ou a designada, paralisia do sono (acordar durante o sono sem conseguir movimento os membros do corpo). Apesar de passageiras, estas dificuldades provocam medo e ansiedade.
A sonolência excessiva e repentina poderá conduzir a graves acidentes com forte interferência no quotidiano.
A apneia do sono é outra patologia do sono com comprometimento respiratório. É caraterizada por um mau padrão de sono, associado a microdespertares (muitos deles impercetíveis pelo indivíduo) como consequência da dificuldade em respirar durante o sono. Esta dificuldade respiratória, na maior parte dos casos, resulta do estreitamento das vias respiratórias por hiperrelaxamento muscular nas vias aéreas superiores, por malformação na cavidade orofaríngea ou alterações cerebrais. Esta é uma patologia grave uma vez que, durante os momentos em que o indivíduo para de respirar, ocorre uma diminuição muito significativa de aporte de oxigénio no sangue até ao cérebro.
Os sintomas percebidos pelo sujeito são uma sonolência excessiva durante o dia, provocada pelo sono desestruturado durante a noite, cefaleias (dores de cabeça) e baixa atividade mental. Outras pessoas (geralmente o cônjuge) podem observar outros sinais como: roncopatia (ressonar), pausas da respiração, despertares repentinos e sufoco.
Há fatores que se associam, e agravam, a apneia do sono, nomeadamente, o excesso de peso, a estrutura anatómica (pescoço curto), tabagismo e abuso de álcool ou medicação para dormir, dormir de costas, entre outros.
O tratamento nestes casos poderá passar por mudanças de hábitos (perda de peso, deixar de fumar e deixar de beber álcool) e mudanças posturais (evitar dormir de costas), nos casos menos graves. Poderá ser necessária a utilização de dispositivos bocais que permitem que a boca se mantenha aberta durante a noite, favorecendo a respiração. Em casos mais graves, será necessária a utilização de uma máscara ligada a um aparelho, durante a noite, que mantém a pressão aérea positiva, assegurando que não ocorrem paragens na respiração. Não é indicada a toma de medicação para dormir (benzodiazepinas ou mio relaxantes) pois agravam os sintomas.
A adaptação a estes dispositivos pode não ser fácil num primeiro momento. A psicologia cognitivo-comportamental possibilita uma correta adesão terapêutica.
Outra perturbação no sono são as parassónias, consideradas sonhos ou movimentos corporais anómalos durante o sono. São disto exemplo, os terrores noturnos, pesadelos, sonambulismo, pernas inquietas ou ranger os dentes (bruxismo). Geralmente, as pessoas não sentem que estes movimentos acontecerem, sendo relatados por outros com quem dorme, ou suspeitando que algo não está bem quando acorda (por exemplo, sentindo dores nas pernas ou no maxilar, a longo prazo, nota que os dentes começam a ficar desgastados).
Os terrores noturnos e pesadelos são mais caraterísticos nas crianças e são descritos como atividade onírica muito assustadora que provoca medo com um acordar brusco. Durante o sono são observados gritos e agitação motora.
O sonambulismo é caraterizado por comportamentos de levantar da cama e andar pela divisão ou casa, sem se aperceber. Neste período, o sujeito mantém-se a dormir, embora num sono menos profundo. Contudo, com frequência, não se recorda do episódio. Não se recomenda que se acorde bruscamente a pessoa num estado de sonambulismo, pois poderá agir com agressividade; durante o episódio, esta deverá ser levada de novo para a cama.
Outra perturbação associada ao sono é o atraso de fase, ou seja, alterações no ritmo de sono, caraterizadas por ter dificuldades em adormecer no período em que se esperaria que tal acontecesse.
Estas alterações poderão ser comportamentais, fruto de maus hábitos, por exemplo, ficar a jogar ou ver televisão até tarde ou consumir bebidas estimulantes à noite, ou poderão ser biológicas como mudanças hormonais ou alterações no centro cerebral que regula o sono.
Na maior parte das perturbações do sono, o tratamento é combinado com medicação e psicoterapia ou outras abordagens terapêuticas, dependendo da gravidade dos sintomas e da sua interferência no dia a dia.
Na Clínica NirvanaMED desenvolvemos a Consulta do Sono, uma consulta específica para perturbações do sono e que agrega diversas abordagens terapêuticas que favorecem a melhoria do padrão de sono e restabelecem o equilíbrio orgânico.
As consultas de neuropsicologia, desabituação tabágica, ou de ansiedade e depressão são complementos que ajudarão no controlo ou remissão dos sintomas, dependente da origem da patologia do sono.
Testemunhos
Desde pequena que sofria bastante com ansiedade. Tomei muita medicação, mas nunca conseguia deixar de ficar ansiosa. Estou a ser acompanhada na clínica há poucos meses e, finalmente, encontrei a ajuda que tanto precisava. Já consigo sair à rua sem tantos medos.
M., 45 anos, Porto
Perdi uma pessoa muito querida há pouco tempo e foi muito difícil aceitar esta perda. Procurei apoio na NirvanaMED e sinto-me muito melhor. Deixei a medicação para dormir e aceitei o que me aconteceu como uma oportunidade para evoluir. Foi uma nova aprendizagem.
J., 37 anos, Gaia
A minha filha sempre teve muitas dificuldades na escola. Ultimamente sentia-a muito triste e desanimada. Recusava ir à escola, chorava e ficava doente. Viemos à clínica e em três sessões já sinto a minha filha com uma atitude diferente. Obrigado por tudo.
T., 41 anos, Gaia
Tenho sofrido muito nos últimos anos. Primeiro perdi os meus pais, depois o meu marido e agora andava com muitas dores e pouco saía de casa. Uma amiga falou-me da clínica e estou em tratamento há poucos meses, mas já não me reconheço. As minhas amigas dizem que estou muito melhor e eu sinto-me com mais energia e força de viver. Quero agradecer a todos pelo apoio que me deram.
F., 66 anos, Arcozelo.
Terminei na semana passada as consultas para controlar os ataques de pânico que tinha há 1 ano. Fiz hipnose clínica e Reiki e gostei bastante.
L., 24 anos, Porto
Não tenho palavras para agradecer toda a dedicação da equipa. Foram sempre muito competentes. Recomendo.
M., 59 anos, Gaia
Não é habitual encontrar alguém tão dedicado. O meu filho tem sido acompanhado e vejo as melhorias desde o início das consultas. Além disso, há contactos com a escola e professores e dão-nos todas as informações que precisamos.
P., 44 anos, Avintes.
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